domingo, 29 de julho de 2012

A Medicalização

Estou voltando a frequentar o meu blog , e vou marcar este retorno comentando a respeito de algumas situações que têm me chamado a atenção.
 Iniciarei com a medicalização excessiva de crianças, adolescentes, e até mesmo adultos, quanto à queixa de dificuldades na aprendizagem. A facilidade com que estas situações podem ser resolvidas através de uma receita faz com que alguns sintomas sejam ignorados ou até mesmo desprezados.
Tenho recebido algumas crianças com queixa de comportamento, que são ' hiperativas' e que, ao término do processo de avaliação psicodiagnóstica, concluimos que se trata de indivíduos com um grau de ansiedade muito elevado o que faz com que apresente 'comportamento' hiperativo.
No entanto, se são encaminhadas, inicialmente, ao profissional médico a tendência é iniciar um acompanhamento medicamentoso. Esta conduta faz com que determinados sintomas sejam mascarados, dificultando, assim, uma intervenção mais condizende com a necessidade do indivíduo.
 Diante do exposto, fica a necessidade de os pais, professores, pedagogos e demais profissionais que têm acesso à criança, estarem atentos a este movimento que tenta tratar de maneira uniforme a todos fazendo com que qualquer diferença será vista como doença, e não como sintoma de que algo não está bem na vida daquela pessoa.